sábado, 1 de junho de 2013


BREVE PANORAMA HISTÓRICO DA ÉTICA.



1º MOVIMENTO:

“Dentre todas as preocupações que motivaram a reflexão desde os primórdios da cultura ocidental,  é bem possível que a ética tenha sido a primeira.”

PALAVRA CHAVE: Primórdios, primeira.

COMENTÁRIO: A ética é anterior, primeiro, pois as questões éticas fomentaram  as discussões filosóficas, artísticas e religiosas desde o início da cultura ocidental.

2º MOVIMENTO:

“Isto nos revela que o sabor no estágio de suas primeiras organizações sistemáticas não superava nitidamente, como fazemos hoje, o mundo natural do homem que o habita.”

PALAVRA CHAVE: Harmonia.

COMENTÁRIO: O autor nos apresenta um segundo aspecto no panorama histórico da ética. O homem em harmonia com a natureza. A indissociabilidade dada do homem e mundo natural.




3º MOVIMENTO:

“Essa harmonia foi quebrada pelo advento do pensamento cristão, que deixou de considerar a continuidade entre homem e natureza ao sobrepor a naturalidade do homem  os aspectos relativos à interioridade, privilegiando a alma como elemento de vínculo entre a criatura e o criador e fazendo do mundo natural apenas cenário de trajetória do espírito rumo ao seu verdadeiro destino, a eternidade.

PALAVRA CHAVE: Advento do pensamento cristão.

COMENTÁRIO: Nesse 3º movimento, houve uma ruptura  dessa harmonia já identificada no 2º movimento. Não há a primazia da natureza, o homem não está mais identificado com ela, essa identificação passa a ser com o criador (Deus). O homem a imagem e semelhança de Deus. Surge a noção da pessoa. O interior versus exterior.

4º MOVIMENTO:

“Se a descoberta da interioridade deve ser indubitavelmente atribuída à filosofia Cristã, a compreensão desta interioridade como autonomia subjetiva é, inquestionavelmente clara na modernidade, isto é, da fase da história do pensamento que se inicia com Descartes no século XVII.”

PALAVRA CHAVE: Autonomia subjetiva.

COMENTÁRIO: A subjetividade humana passa a ser valorizada, nesse 4º movimento, depois da dissociação do homem em relação ao mundo natural ocorrido no 3º movimento. Isto ocorre na modernidade a partir de Descartes. Junto com a autonomia do sujeito veio a autonomia da razão. O pensamento moderno não se subordina a questões teológicas.





5º MOVIMENTO:

“O que decorre imediatamente dessa prevalência do conhecimento da definição da autonomia racional é a dimensão intelectualista da ética, isto é, a ideia que as questões morais podem ser equacionadas e solucionadas pela via racional.”

PALAVRA CHAVE: Dimensão intelectualista da ética.

COMENTÁRIO: A ética interligada e dependente dos conhecimentos científicos.Esse modelo proposto encontrou barreiras, pois não consegue solucionar questionamentos éticos através de modelos científicos.


6º MOVIMENTO:

“Pode se dizer que essa dificuldade contribuiu, mesmo que indiretamente, para que se alcançasse uma nova visão das relações entre o teórico e o pratico, calcada no diagnóstico da impossibilidade de uma conciliação pela via de conhecimento.”

PALAVRA CHAVE: Teórico e prático.

COMENTÁRIO: O sujeito teórico é diferente do sujeito moral. Não deve ocorrer motivações que determinam a decisão ética. Através da razão prática o sujeito moral é constituído como instância independente.



7º MOVIMENTO:

“No século XIX inglês, filósofos como Bertram e Stuart Hill propuseram que a utilidade do ato poderia ser medida na moralidade.”

PALAVRA CHAVE: Utilidade do ato.

COMENTÁRIO: O valor moral não deve ser quantificado para um determinado fim. A ética  não é utilitária.

Código de Ética Profissional do Contabilista comentado



O código de Ética tem por finalidade conduzir o contabilista em seu exercício profissional e estimular o cumprimento da lei, ou seja, seus deveres e obrigações. Sobretudo conscientizar o profissional contábil da importância da integridade, honestidade e ética na profissão.
São deveres do contabilista, entre outros, exercerem a profissão com dignidade e cuidar dos interesses dos seus clientes mantendo absoluto sigilo quanto aos casos a ele confiados, exceto quando solicitado por autoridades. Prestar serviço a todo e qualquer que lhe confia, mantendo sempre seu cliente informado dos acontecimentos, renunciando a prestação de serviços sempre que por ventura perceber falta de confiança do seu cliente.
É vedado ao contabilista praticar atos que prejudiquem seus colegas. Não é permito aceitar trabalhos que possam afetar sua moral, e quando é proibido por autoridades; assinar documentos que não foram feitos, nem supervisionado por ele próprio; prejudicar interesses e se recusar a prestar contas de quantias confiados a ele; usar qualquer coisa lhe confiada como honorários para praticas ilícitas; praticar atos para os quais não possua autorização e elaborar demonstrações sem observar os Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC também são atos proibidos para o contabilista.
Qualquer publicação terá que ser feita e assinada sob sua responsabilidade. Quando prestar serviços como, perito, assistente técnico, auditor ou arbitro terá que recusar trabalhos que não se achar capacitado; não poderá dar quaisquer parecer sem estar munido de documentos, colocando sempre a disposição do CRC e do CFC o que lhe for solicitado.
O contabilista deverá fixar o valor dos serviços por contrato escrito, levando em consideração a dificuldade, o tempo necessário e o local da prestação de serviços, levando em conta a possibilidade de ser impedido temporariamente de tratar de outros casos; poderá passar o contrato de serviço a um colega, sempre por escrito, e poderá também, por escrito, transferir seus serviços a outro contabilista, porem sempre como sendo de sua responsabilidade técnica; não podendo disputar serviços com variação nos honorários ou concorrência desleal; não se é permitido participação com erro ou com atos infringentes de normas éticas ou legais.
Em relação aos colegas de profissão o contabilista deve se privar de fazer referências que prejudiquem os demais, e aceitar serviços que tenham sido abandonados para preservação de dignidade; se apropriar de trabalhos e soluções encontradas por colegas sem que esta tenha tido sua colaboração; evitar conflitos e desentendimentos com o colega que por ventura esteja te substituindo.
Com relação à classe, o contabilista deve zelar pela dignidade, a resoluções votadas pela classe, prestar seu concurso moral, preservar o cumprimento do Código de Ética; não formular opiniões que desdenhe a classe contábil; jamais querer beneficiar a si próprio ou para proveito pessoal.
As penalidades para o não cumprimento do Código de Ética constituem de advertência reservada, censura reservada e censura pública. As aplicações das penalidades éticas serão reduzidas a menos que a falta cometida seja em defesa de sua dignidade profissional; que tenha ausência de punição ética anterior; e prestação de serviços importantes para a contabilidade. Com o cumprimento do Código e Ética profissional os contabilistas conseguirão acabar com fraudes e corrupções que infelizmente ainda rodeiam esse meio. Por isso é tão importante que siga incondicionalmente as normas previstas pelo CRC o CFC, para zelar pela conduta e moral dos profissionais dessa área.