terça-feira, 27 de janeiro de 2015

HISTÓRIA DO BRASIL (3ª PARTE)

DA DEPOSIÇÃO DE GETÚLIO DE 45 À QUEDA DE JANGO EM 64.


  • Ao assumir a Presidência, Jânio tomou providências saneadoras em problemas pequenos, como a proibição de brigas de galo, os desfiles de biquíni e as corridas de cavalo nos meios de semana. Baixou a Instrução 204 da Sunoc, que desvalorizou a moeda brasileira em 100% de Cr$ 100 para Cr$ 200 em relação ao dólar, extinguindo subsídio não apenas na importação do papel de imprensa, mas, também nos fertilizantes, trigo e petróleo, o que provocou um brutal aumento do custo de vida, com a majoração nos preços do pão (40%) e dos combustíveis (80%).
  • Entrou em choque com o Governador Carlos Lacerda, da Guanabara; condecorou Che-Guevara com a Grã Cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul e terminou renunciando o governo no dia 25 de agosto, após 06 meses e 24 dias muito atribulados.
  • e como o Vice-Presidente João Goulart estava em Hong-Kong, numa viagem de regresso da China  Comunista, o presidente da Câmara, Deputado Ranieri Mazzilli, foi convocado pelo Senador Moura Andrade, presidente do Congresso, a tomar posse do Palácio do Planalto.
  • Seguiu-se o movimento de chefes militares contrários à posse de Jango, respondido com a "batalha de legalidade", sob a liderança do Governador Leonel Brizola do Rio Grande do Sul, com o apoio do General Machado Lopes, comandante do III Exército. O Congresso germinou encontrando a fórmula conciliatória da aprovação de um Ato Adicional que instaurou o regime parlamentarista, com a posse de Jango, no dia 07 de setembro, perante o Congresso Nacional. Apesar de estar envolvido com o Plano do golpe militar e receber a promessa de s tornar o próximo presidente brasileiro em eleições que jamais aconteceram; Carlos Lacerda foi traído mais uma vez pela sua ambição e falta de caráter, acabando sem nada.
  • O novo regime vigorou num clima de grande instabilidade pública, com a sucessão de crises e de três gabinetes, chefiados pelos primeiros-ministros \tancredo Neves, Brochado da Rocha e Hermes Lima, que tiveram de enfrentar intensa agitação sindical, com sucessivas greves e incidentes.
  • Na última semana, mais especificamente, 06 de fevereiro explodiam em Belo Horizonte diversas manifestações populares reprimidas pela Polícia Militar com muitos feridos em estado grave. O General Castelo Branco já assumira, então, como o Chefe de Estado-Maior do Exército o virtual comando na conspiração contra Jango.
  • No mês de março de 1964, irrompia em Minas a revolução, com as tropas do Exército, sob o comando dos Generais Olympio Mourão e Antonio Carlos Muricy marchando pela estrada no rumo do Rio.
  • Formou-se aí uma cadeia nacional de apoio ao movimento com a adesão da Vila Militar do 1º Exército; do IV Exército, no Nordeste, sob o comando do General Justino Alves Bastos e do II Exército, em São Paulo, comandado pelo General Amaury Kruel, além da solidariedade de quase todos os governadores estaduais à exceção apenas de Arraes em Pernambuco; de Seixas Dória, em Sergipe e, posteriormente, de Badger da Silveira no Estado do Rio e Mauro Borges em Goias.
  • Jango ainda tentou resistir no Rio, onde se encontrava por ser o centro nevrálgico da política, com a maior concentração de tropas armadas.
  • Mas logo depois, tomando consciência da inutilidade de umas luta armada, voou com sua família para Brasília e daí para Porto Alegre, onde ainda tinha esperanças de instalar seu governo. Mas aí, ao dar um balanço sobre a situação no estado, compreendeu que ela era bem diferente da que lhe fora descrita pouco antes.
  • no próprio aeroporto, anunciou sua decisão de exilar-se em montevidéu:
  • - Não quero que se derrame por mim uma só gota de sangue - declarou.
  • Estava instaurado o regime militar.
  • Espero que gostem dos três artigos sobre uma época do Brasil, onde a estabilidade política era zero e sobressaia os interesses pessoais e partidários; bem acima das necessidades dos brasileiros.
AUTOR: PAULO GUTEMBERG DE OLIVEIRA COSTA (CONTABILISTA E HISTORIADOR).

Nenhum comentário:

Postar um comentário