terça-feira, 22 de julho de 2014

BIOLOGIA (LYNN MARGULIS)



A bióloga Lynn Margulis acredita que outras organelas das células maiores e, com o passar do tempo, perderam a capacidade de vida livre. Veja o que diz este texto:
"A ideia clássica do ser humano como algo unitário e individual fica abalada com a teoria de Lynn Margulis". Fora os procariontes, todos os organismos, absolutamente todos, são associações de organismos individuais que se juntaram num passado longínquo, unidos por interesse "mútuo", explica Lynn na revista Science Vie.
A hipótese tem sentido. O ser humano, segundo ela, pode ser entendido como se fosse um império colonial constituído por trilhões de células. Afinal, todas as células são basicamente idênticas ao nascer, e todas são equiparadas para a autonomia. Cada uma delas tem a sua fonte própria de energia, as mitocôndrias, e todas tem no núcleo um material genético com as informações necessárias para o renascimento e funcionamento do organismo e delas próprias...
O que faz uma célula da pele diferir de outra do músculo e que cada uma tem algumas partes de seu DNA ativado. Durante o desenvolvimento embrionário, as células vão se especializando: uma célula da pele, por exemplo, não precisa produzir hormônio insulina que é fabricado no pâncreas.
A "fórmula" para a produção da insulina existe no núcleo da célula da pele, mas está "trancada" para o uso.
Margulis vai além em suas analogias. Uma população de indivíduos também age da mesma maneira. Basicamente, as pessoas nascem iguais, mas ao longo da vida vão se especializando: alguns vão ser artistas, outros atletas, e assim por diante. É a conjunção de todos os cérebros pensantes que faz a cultura de uma população, que é também aperfeiçoada e transmitida de geração em geração, como se existissem genes invisíveis do saber.

(FONTE: O ESTADO DE SÃO PAULO).

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