quarta-feira, 14 de maio de 2014

COMPONENTES INORGÂNICOS DA CÉLULA (ÁGUA)

Considerando o componente químico mais abundante da matéria viva, a água atua como solvente mineral, funcionando, portanto, como dispersante de números compostos orgânicos e inorgânicos. Essa característica da água é de fundamental importância para os seres vivos, uma vez que as reações químicas de natureza biológica se desenvolvem em soluções. A água é, ainda um importante veículo de transporte de substâncias, permitindo o contínuo intercambio de moléculas entre os líquidos extra e intracelular. Nos seres vivos, a evaporação da água, através de suas superfícies, contribui para a manutenção corpórea em níveis compatíveis com a vida. Nas articulações ósseas e entre os órgãos, a água exerce em papel lubrificante, contribuindo para diminuir o atrito nessas regiões.
Além disso, as reações de hidrólise, ou seja, nas reações de decomposição, como ocorre no processo digestivo, a água participa como um reagente indispensável na transformação das grandes moléculas orgânicas em outras moléculas menores. No processo da fotossíntese a água é imprescindível, como será demonstrado posteriormente.
Resumidamente, podemos enumerar a seguintes funções desempenhadas pela água nos seres vivos:

1) Solvente de líquidos corpóreos;
2) Meio de transporte de moléculas;
3) Regulação térmica;
4) Ação lubrificante; 
5) Atuação nas reações de hidrólise;
6) "Matéria-prima, para a realização da fotossíntese.

Geralmente, a taxa de água é tanto maior quanto maior a atividade metabólica de um determinado tecido ou órgãos. De fato, as células nervosas do cérebro de um homem adulto podem conter cerca  de 78% de água, enquanto as células ósseas de menor atividade metabólica, contém cerca de 40% de água.
A taxa de água varia, também, em função da idade do organismo. Nos indivíduos jovens, o teor de água é geralmente maior que nos indivíduos adultos de sua espécie.
Um feto humano de três meses, por exemplo, contém cerca de 94% de água, enquanto um recém-nascido apresenta cerca de 70% e  um homem adulto aproximadamente 65%.
Na maioria dos mamíferos, inclusive o homem, a perda de 20% da água contida no organismo pode acarretar a morte. O camelo, porém, pode perder até mais de 40%, sem grandes problemas.
Tal tolerância à desidratação é uma das adaptações que permite ao camelo sobreviver em regiões desérticas.  

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