segunda-feira, 27 de abril de 2015

ANIMAIS DAS PROFUNDEZAS SUBMARINAS



  • A maioria dos animais e das plantas que vivem no oceano conservam-se a menos de 200 metros de profundidade. Quanto mais se  afunda, menos suportáveis para os seres vivos vão-se tornando as condições de existência. A 1.500 m abaixo da superfície, o oceano é frio e escuro, porque lá não penetram os raios solares. As plantas aquáticas não podem existir nesta profundidade porque necessitam de luz para elaborar seu alimento. Entretanto, há animais que habitam esse abismo sombrio e gelado.
  • Cada centímetro quadrado de suas epidermes deve suportar a pressão de vários milhares de quilogramas. Não sentimos a pressão do ar, porque temos uma pressão interna da mesma força, que a compensa. Do mesmo modo, os animais das grandes profundidades, adaptados ao meio que os cerca, têm pressão interna equivalente à que suportam na água, nessa profundidade.
  • Quando se traz à tona algum desses animais, ele quase morre imediatamente.
  • Ás vezes eles estouram, porque na superfície a pressão interna do seu corpo é muito mais forte do que a externa. Se transportássemos bruscamente para as grandes profundezas animais que vivem nas águas de superfície, eles também não poderiam suportar essa diferença e morreriam ao sofrer a enorme pressão externa.
  • quase todos os habitantes das profundezas são pequenos. A 1.500 metros de profundidade, o corpo de um animal do tamanho de um homem teria de suportar uma pressão de cerca de três milhões de quilogramas. Isso explica o tamanho reduzido da maioria dos animais das grande profundezas; seria um gigante o que medisse 1,75 m de comprimento.
  • Muitos deles possuem maxilares, dentes ,e olhos enormes; a serpente-do-maar, por exemplo, tem presas tão grandes e proeminentes, que é de se admirar que consiga fechar a boca. Ás vezes, come peixes do seu tamanho. Já o eurifaringe abocanha outros muito maiores do que ele, porque tem mandíbulas e tubo digestivo que se distendem muito.
  • Esses peixes do fundo dos oceanos são em geral carnívoros e alimentam-se de outras espécies que vivem nas mesmas paragens; alguns comem detritos de plantas ou animais que baixam da superfície. Muitos desses seres têm no corpo substâncias químicas que iluminam na escuridão. O peixe-sapo ou diabo-marinho possui longa  hastes, que têm na extremidade uma espécie de lanterna; o batípero tem uma  fileira de pontos luminosos azuis ao longo do corpo e dois tentáculos providos de uma luz azul e uma vermelha, na ponta. Quanto à serpente-do-mar, seus dentes e olhos se inflamam com luz sobrenatural naquela escuridão. Embota muito desses peixes sejam horrendos, há alguns magníficos, tal um quer tem o corpo chato como o peixe-voador, rodeado de nadadeiras finas e fosforescentes, tendo de cada lado cinco  fileiras de luzes fulgurantes.
  • As lulas do fundo do mar também são muito belas. Tem o corpo longo e gracioso, coberto de órgãos que emitem luz pálida, vermelha, azul ou  verde. Na extremidade de cada um de seus dois filamentos existe uma bola, em que resplandece uma luz avermelhada.
  • Os camarões são muito comuns nas regiões abissais. Seus órgãos internos produzem elementos luminescentes, que se dissolvem na água que têm dentro do corpo. Quando um animal se sente em perigo, expulsa essa água, que forma em sua volta uma espécie de nuvem fosforescente; parece que, deste modo, ofusca o inimigo e aproveita-se disso para tentar fugir.
  • Grande número de animais de pequeno porte nada ou desliza nas grandes profundidades do oceano. Os que emitem luz parecem estrelas aos olhos dos exploradores submarinos - (Deep-sea creatures / Animaux des profundeurs sous-marines).

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